quarta-feira, 20 de maio de 2009

ARENA ROMANA

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Ah, vida!
A tua arena faz vítimas
No duelo romano
os leões comem as entranhas dos gladiadores
satisfazem as galeras afoitas de desgraças


O que temer de ti
senão a luta sangrenta do mais forte?
Tu e tuas feras impiedosas, famintas
rasgam, no tempo, as carnes
secam dos sonhos a fonte.


Só homens fortes vencem-te
tudo o mais são desilusões
Mesmo a dama na tribuna de honra
com o seu amor tolo e frágil
ama a morte ao fraco

À hora do combate
vale a força e astúcia
Dia-a-dia, homens se revezam
com seus corpos mortais
ao consumo de tuas garras e bocas.
Assim prossegue teu curso
inerte para a morte